sábado, 10 de outubro de 2009

Muro de Mim.

Sou são?
Pergunto-me: serei são?

A resposta é facil e encontro-a então:
Não, ninguém o é. E se o fosse?
Não queria pois, perdia toda a diversão!

Louvados sejam os desvaneios, a loucura, a coragem e o atrevimento!
Não concordam? Não é mesmo isto que nos dá alento?
Maravilhas do desafio da moral e da conformidade,
soltem-se! Os frutos serão colhidos, não receiem a tempestade.

Se o Homem seguisse uma linha continua, longilínea, firme, de resignação,
estaria cá eu, hoje, aqui, de pensamento livre e de caneta na mão?

Desprendei-vos do que vos faz presa imovél,
o prazer está em derrubar o muro que nos enclausura!
É por isso que a sanidade é tão gostosamente refutável!
Acabem-se as mágoas e sonhos passados, acabe-se a ditadura!